O dia em que as carteiras sumiram
Talvez tenha dado problema na confecção, pensou ingenuamente. Até saber que as carteiras só valeriam por mais 15 dias. Foi mesmo que uma pancada. Pagar inteira era a visão do inferno, isso não poderia acontecer. Ela bem suspeitava que haveria pegadinha nessa história toda de que a prefeitura de Fortaleza pagaria as carteiras e elas chegariam lindas e charmosas no DCE. Era muita modernidade pruma província só.
E estava certa em desconfiar. Quando as carteiras foram prorrogadas no dia 31 de outubro, teve a certeza de que provavelmente as carteiras tinham sido mandadas fazer no Paquistão ou, quem sabe, na Birmânia, que com toda essa manifestação acabou atrasando a entrega da remessa. Teria até o dia 14 de novembro para receber.... Mais uma dessas histórias da carochinha
Verificou o tal sistema cadastral a que todos se referiam e descobriu que as carteiras haviam sido entregues no DCE. Estaria sonhando. Ligou para o DCE e disseram que poderia ir buscar. Iludida, foi lá. Em lá chegando, nada de carteira de estudante. E sua boca só conseguia expressar um bestificado "Comássim???". Ligou para a prefeitura. Não, as carteiras não estão mais aqui desde as 21h de quarta-feira. E mais uma vez ficou com cara de taxo. E a boca monoexpressivamente bradava "Comássim???".
Ligou novamente para o DCE. Deveria estar acontecendo algum engano, óbvio. E ninguém sabia dizer o que acontecera. Provavelmente as carteiras tenham sido tragadas pela terra, é a única explicação plausível. Elas se perderam no meio do caminho. E quem vai pagar por tudo isso sou eu...
--------------------oOo--------------------
0 Comments:
Post a Comment
<< Home