Tuesday, October 23, 2007

E sabe aqueles momentos em que você descobre que até deve existir esse negócio de inspiração mesmo? Pois é, hoje descobri posso até escrever sem inspiração, mas preciso da fonte falando comigo....

A fonte de inspiração, digo!

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Sunday, October 21, 2007

E a noite caiu sem pressa
um mundo girava em sua cabecinha
talvez fosse agitar alguma torcida
talvez quisesse só escorregar

Saudades de um balançador musical

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Monday, October 15, 2007

A Saia


Vestiu a saia num impulso. Colocou a primeira camisa que encontrou, amarrou o cabelo e saiu. Distraída como sempre, tinha esquecido as chaves do carro. Subiu, catou o molho na mesa e tornou a sair. No carro, conferiu o batom e o os olhos. Tudo ordinariamente no lugar.

Escutaria o rádio se tivesse comprado um, mas sua economia de guerra não permitia. Ou melhor, o bom senso aconselhara guardar tudo quanto fosse de economia. Quando quisesse música, cantarolasse, ora bolas! Quem precisava gastar quase mil dinheiros num auto-rádio? Onde já se viu uma coisa dessa...


Não reclamou. Seguiu dirigindo, afinal, o que importava era chegar à reunião na hora marcada. Mais um atraso e, a chefe tinha sido categórica, ia para a rua. Apertou o botão do elevador insistentemente, como se fosse apressar a chegada dele. Entrou agradecendo a rapidez com que ele tinha surgido de portas abertas à sua frente e apertou o 13, andar enigmático e sombrio. Seu andar de trabalho.


Enquanto respirava, levantou os olhos e conferiu a roupa no espelho. Umas das sobrancelhas mostrou de pronto a surpresa com que foi pega por aquele reflexo. Não, não é que estivesse feia, até porque muito bonita não era. Estava também minimamente alinhada, vestida no automático como se acostumara.


Olhava para a saia. Aquela saia. Sabe quando um elemento qualquer faz com que você viaje no tempo? Exatamente. Era a primeira vez , depois daquele último encontro, que vestia aquela saia. Justo aquela saia que prometera a si mesma nunca mais pôr no corpo, nem por um decreto de quem quer que fosse. E fazia exatamente um mês daquilo tudo.


Um mês que conseguia viver sem a saia. Um mês que conseguia viver sem o cara que gostava da saia. Sem o cheiro dele e seu hálito lhe aquecendo os sentidos. Os olhos vislumbraram o 12º andar. Precisava esquecer todas aquelas loucuras. Mas como? Afogueada estava. E num gesto típico abanou a saia. Riu sozinha disso.


A vozinha com sotaque estranho e que anunciava todos os andares pelos quais passava proclamou "Décimo Terceiro Andar". As portas se abriram e quem ela encontrou...?

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Friday, October 12, 2007

Sobre bichinhos e miniaturas

Carolina veio aqui pela manhã e de repente toooodooooo os meus bichinhos de pelúcia foram arrancados do seu descanço solene do armário. Cada um foi prontamente abraçado e perguntado pelo seu nome. Para ela, uma farra.

Brincou, brincou, brincou. Aí olhou pro alto e avistou o que eu temia: minha prateleira de miniaturas. Depois de alguns pedidos eu desci algumas peças que não quebravam, até o bajinha que recebi no lançamento do Demitri entrou na folia.

Passeou com ele por todos os sofares e cadeiras. Daí na hora de ir embora, ficou brincando de estacionar o carrinho na porta do meu quarto. Pensem na garagem enorme prum baja de pouco mais de 5 centímetros.

Ai ai, Carolina...

A bagunça ainda está meio por aqui. Parece que o Katrinna visitou meu quarto. Mas vê-la toda sorridente valeu todos os transtornos aos meus bichinhos.

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Tuesday, October 09, 2007

O pacote branco

Chegou em casa e lá estava o pacote. Branquinho, todo selado e com seu nome escrito. Nem bem havia entrado em casa e já estava visualizando o tão esperado pacote. Todo dia, religiosamente de manhã e à noite, perguntava ao porteiro pelo correio. Não veio? E aquele ar de desconfiança pro porteiro era dado. Um olhar que se misturava a um desdém e a um "você sabe que isso é importante e por isso me diz com esse risinho cínico que meu pacote não chegou". Olhava para ele e agradecia mesmo assim. Saía cabisbaixa e chutando lata imaginária.

Puxa vida, havia quase duas semanas e nada... Até que lá estava o tão esperado pacote. Com tímidas letras em tinta preta de caneta esferográfica traçando os identificadores. Não maior que uns 20 centímetros de altura. O sorriso novo estampado na cara e a felicidade quando a mãe retoricamente lhe olhou e disse "seu pacote chegou". "Chegou?", com ar de surpresa e emoção.

No lugar do remetente, o nome da irmã que mora perto do Capibaribe.

Dentro a mensagem dizia:


Oi, irmã! =)

Aí estão os livros que me pediu...

Qualquer coisa é só falar...

Beijos,

Germana Cruz

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Sunday, October 07, 2007

Tentando arrumar a casa...


Como falei em post anterior, estou tentando reorganziar as coisas por aqui, tentando rever o layout (não vou mais mudar o template, só dinamizar algumas coisinhas) e rever além de tudo o conteúdo disso tudo aqui, que anda bem abandonadinho.


A boa nova é que eu tenho me permitido novas experiências, me permitido ousar mais e até não me culpar tanto... er.. eu sei que parece impossível eu não me auto-punir, mas é uma coisa que tem de ser aprendida lentamente, não é pra ser da noite pro dia como eu pensava até bem pouco tempo. Você percebe que já não é mais tão categórica e que o talvez é às vezes bem melhor que o sim ou não secos e sem precedentes.


E sabe o que eu queria? eu queria ir bem ali e voltar cheia de livros e ter tempo para ler os 25 que estão na filha desde junho, porque eu sei que eles serão lidos ainda nesta vida, tenho fé. E eu quero tanta coisa...


Plano de mudanças será melhor especificado em posts futuros, aguarde as cenas dos próximos capítulos =)

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A Elite da Tropa =)

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Thursday, October 04, 2007

Das Antigas

Fabuloso. A Maria gosta da palavra e eu também, além de ser o termo que melhor descreve o livro Das Antigas - Crônicas Escolhidas 1, do jornalista Demitri Túlio. No lançamento, tudo que remetesse ao tema, além de cajuína, o famoso "cai duro", sacanagens devidamente empalitadas e muita bala sóft pra ninguém sentir saudades. A musiquinha anos 60, as miniaturas e réplicas de coisas antigas, além de rir muito de besteira foram atrativos para o lançamento que, de longe, foi um dos melhores a que fui este ano!!

O livro é um primor, de encher os olhos e fazer a gente lembrar de um tempo que nem viveu. Alguém já sentiu isso? Nostalgia do que nunca presenciou? Eu sinto tanto...Aí vem logo à memória cenas de filme que a gente, de tanto ver, assimila como se fosse da nossa própria vida. Mais um livro a ser rapidamente lido e relido. Ele reúne uma parte das crônicas publicadas pelo jornalista no O Povo. Vale a pena procurar por aí e dar umas boas risadas com o provincianismo tão bem retratado nos textos do Demitri.

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