Wednesday, March 28, 2007

No Céu com Diamantes

Vem,
De tanto andar a teu lado
De tanto cruzar o sertão
Serás meu amigo
Onde terei meu lugar e meu trem

Sei
Aquela lição da estrada
Sonhos que passaram por nós
E são meu abrigo
Te conhecer foi saber o melhor
Na alma dessa mulher
Atrás da voz do cantor

Voz
Que é pedra de tal firmamento
E ainda se escuta luzir
A todo momento

Quando olhar para o céu do Brasil
Repara bem que pintou
Alguém que brilha e sorri

Dói de tanto medir a distância
Saber que não vou te tocar
Além da lembrança
A tua falta é sol sem calor
E está aqui mas se foi
Virou estrela, a nossa estrela do céu

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Saturday, March 17, 2007

here comes the sun

here comes the sun,
here comes the sun,
and I say it's all right
little darling, it's been a long cold lonely winter
little darling, it feels like years since it's been here
here comes the sun, here comes the sun
and I say it's all right
little darling, the smiles returning to the faces
little darling, it seems like years since it's been here
here comes the sun, here comes the sun
and I say it's all right
sun, sun, sun, here it comes...
sun, sun, sun, here it comes...
sun, sun, sun, here it comes...
sun, sun, sun, here it comes...
sun, sun, sun, here it comes...
little darling, I feel that ice is slowly melting
little darling, it seems like years since it's been clear
here comes the sun, here comes the sun,
and I say it's all rightIt's all right

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Monday, March 12, 2007

Borboletas no estômago

Sabe, às vezes a menina se perguntava acerca do porquê de as pessoas mexerem com aquilo que estava quieto. Principalmente quando se mexe com algo pseudo quieto, como é da natureza dos
sentimentos.

E eis que, mexido, algo que somente bobamente fora aventado - apenas como mera suposição, que fique claro, num desses tantos momentos de bobices que rondam a cabeça de uma menina empertigada e de olhinhos perscrutadores - começa a tomar ares de realidade.

E a menina mais uma vez pensava,não fosse tão tímida para determinadas situações, teria aceito participar do jogo que o moço lhe propunha e passaria a jogar até pedra na lua, adotaria uma estrela como sua, cativaria um sorriso.

Gostava de brincar, não negava. O jogo apetelecia-lhe, era fato. No entanto, dar o primeiro passo constituia-se numa impossibilidade. Receio, sim, um receio grande, gigantesco. Como cahegar para o moço com um sorriso maroto nos lábios e dizer:
"-Hey, dá-me sonhos teus para eu brincar."?

O grande receio estava na possibilidade das negativas. Alguns viriam dizer-lhe que essas fazem parte da vida, talvez constituam o processo de engrandecimento humano. Sem fixar-lhes o olhar, "who cares?", responderia.

O que sabia era isso: o moço havia ativado algo naqueles pueris sentimentos de menina. E de repente, meio que uma luz havia descido do céu e iluminado tudo à sua volta, seu querer,
seu ser, seus pensamentos e então toooooooodo um mundo novo se havia descortinado.

E com esse novo mundo, dilemas. Oh, sim, porque dilemas também fazem parte do processo
de engrandecimento humano, diriam os conselheiros de vidas alheias. Estava agora sentada a balançar as pernas sobre um amontoado de incertezas. Ansiava por respostas, pois é da natureza das meninas empertigadas isso de querer tudo ao mesmo tempo agora. Pensara em escrever. Se serviria? Sabe-se lá. Talvez desse sorte e o moço lêsse.

Ou não.

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Saturday, March 10, 2007

menininha do portão

menininha sai do portão
vem também brincar
vem pra roda
me dê a mão
traz o seu olhar
vou girando na roda
vou cantando à sua espera
quem me dera um dia
ter seus olhosCor de primavera
todo o dia no seu portão
vejo o seu olhar
bate forte meu coração
mas não sei contar
e eu pego a viola
faço um verso feito um trovador
quem sabe, então
você me dê...
me dê o seu amor

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